quinta-feira, 1 de setembro de 2011

State Of Mind



     Espaços vazios foram preenchidos, sente-se a mente mais próxima. Ouço as lagrimas caírem como uma chuva, mas caem de longe, longe do branco, do bem. Olhos já não são nublados, a pele já pode ser sentida junto com a pele. No coração moi-se força pra uma mente que antes sangrava pelos seus espaços mais negros.
    O medo silencioso gritou até ser encontrado e extinto. Foi-se no mais profundo para se encontrar e segurar-se para que nao corra mais de si.
    Hoje tenta-se ser seu Próprio, em uma vida tão intensa por causa de outros que outrora se importam. Mesmo assim agora sabe-se que não precisa-se de ninguém para dizer que tudo está bem. Isso é sentido de dentro pra fora. Agora tudo parece tão sublime.
    Conseguiu acalmar seu estádo de espera, está noite encontrou seu “estádo de esprito”. E deixou sentir uma tempestade de adrenalina, até que perde-se e  encontra-se tanto que dominou isso por completo. Agora tem a certeza que toda vez que se perder, irá se encontrar, pois os vales de sua alma já são conhecidos por completo.
    A busca por um coração que não batesse tão friamente foi em vão. Em si, nunca achará, pois onde não há medo do que a mente no seu mais profundo e profano buraco tenha, não há mais nada para se fazer na vida. Preparesse para uma vida só, por ter encontrado o total controle de seu esprito. Agora sobriamente a vida é conduzida por uma alma que já não pode mais ser machucada. Que já não pode mais ser tocada. Que já não pode mais ser alma.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Projetando Palavras



   Arquitetura é a ciência que torna os sonhos e as idéias tão reais que é possível tocá-las. É onde o abstrato é capaz de ser pego e compreendido. É uma ciência tão exata, que erros podem ser admitidos como acertos e serem a parte mais bela de uma arte.
   É a parte civil que apaixona os olhos mais críticos e instiga as mentes mais voadoras. Arquitetura é a idéia que pode brotar de uma aula conceitual, ou também de notas de samba, rodas de bar, mares das ondas mais fortes, das noites mais estreladas e noites do mais puro prazer carnal.
   A estética e a beleza são totalmente relativizadas. Onde há encanto e o entendimento para alguns e o intrigar à outros. É o descanso dos olhares mais estressados, ou acender dos mais mansos.
   Ela aumenta ou diminui os espaços mais complexos, assim como o amor faz com os corações mais apaixonados. Quem usa a arquitetura pra fazer arte, fica tão escravo de sua beleza, quanto um pai ao ter sua primeira filha.
   Os dias vão passar e o encantamento irá aumentar da mesma forma que as edificações mais lindas. Será uma construção complexa, mas que no final tudo que será é uma enorme admiração.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Valiozas Madrugadas


Vejo dias negros com traumas de tempos ruins, a cada grito de alegria esconde-se um ranger da alma. Ventos sopram lembranças, enquanto o espírito sopra um ar tão frio quanto o “sim” que se dá a perguntas de quem não se importa.
  Você calculou, mediu, pesou e julgou insuficiente todas as propostas de “para sempre” e me fez querer que morra todos que te julgarem por isso. Você buscou força no mais profundo de seus espíritos e conseguiu o bastante para continuar com fôlego e com sorrisos de canto de boca, mesmo que molhados por gotas que pesam toneladas.
  E que morram todos que não entendem que temos medos que são tão nossos, que passamos a ter amor por eles.
  Que morra/viva o amor que nos cobra juros tão caros por prazeres insuficientes para uma vida dependente. Nessa madrugada o que eu mais quero é rezar sem ter religião. Poder gritar o valor e a dor do dom da existência.
  Você começa a ver que é quando se está só que você se sente mais vivo. Vê que a dor que dá uma pontada do coração ao cérebro, ligando a emoção à razão, te faz respirar fundo e sentir cada parte de um corpo cheio de cicatrizes. Você passa por isso tudo até ver que a melhor coisa é sentir o Maximo de dor possível em uma noite de domingo, para que você no dia seguinte possa dar o devido valor a sua existência.

sábado, 2 de julho de 2011

Já Começou o Belo, Mais Belo Espetáculo Que Há



       Nas manhãs em que o frio insiste em trazer lembranças de tempos ruins. Em Manhãs que nem as mais grossas cobertas podem proteger do frio que sente a alma. Em dias e madrugadas que a dor de olhar para o lado esquerdo da cama e não ver ninguém te faz molhar o travesseiro e esfregar os pés um ao outro para que sinta ao menos um pouco de calor humano. Olhe para dentro de si, e me verá.
        Peço a força dos Deuses para passar contigo a alegria de mil anos.
       Lagrimas serão impossíveis de não transbordar, mas que no descer de cada uma, elas encontrem com o canto de seu sorriso mais belo e que o calor de teu peito as faça entrar e alimentar um coração tão sedento de emoções.
       Palavras já não fazem nenhum sentido pra um espírito que cansou de ouvir. Venho com a certeza de que letras são em vão e clichês não serão aceitos. Quero meus mil anos de atos, tramas e comédias, diálogos não! Clímax e Ação.
       Quero caminhar descalço pela sua alma que tanto me deixa brando. Quero sentir contigo o peso do sorriso da conquista do caminho sem decepções. Seremos sempre dois corações sem necessidade nenhuma de se completar, mas que decidiram fazer sorrir juntos.

domingo, 5 de junho de 2011

Across The Universe



    Já havia me acostumado com a idéia de que minha vida era previsível o bastante pra não ser mais chamada de vida, e sim de um roteiro cheio de sensos comuns, com uma ou duas cenas erradas, mas que poderiam ser refeitas até estarem de acordo com o texto.
Só que meu futuro sumiu no momento em que fiz de você, nós. Agora dói! Dói não saber o que vem. Dói não conseguir prever cada Ato da trama. Dói me sentir pequeno e perdido em meio a isso tudo. Me dói olhar pra ti e não ver nada além de ti, não saber qual será sua próxima fala. Me dói mais ainda ser o diretor que não tem controle sobre os atores.
    Mas depois que se cresce, não dá mais pra ligar pra essa dor. Agora o que não passava de uma estátua de rua que quando lhe jogavam uma moeda, se mexia, vai ser a peça mais assistida da Broadway em pleno quatro de julho.
    Nessa peça, claramente se verá vida. Verá drama, comédia e o mais puro e safado romance. Uma peça com dois atuantes e vidas tão imprevisíveis quanto a expressão de cada expectador da platéia ao acender das luzes.
    O final dessa vez é incerto, principalmente para o diretor que largou o roteiro pra contracenar logo ao abrir das cortinas, por ver magia desde a primeira vez que a atriz foi vista.
    Agora, ator e atriz se olham e choram. Se vêem um no outro, sentem cada lagrima correr como se a dor e a felicidade ali encenada fosse real. Talvez por isso agora eles se olham e não conseguem se lembrar do que deveriam fazer. As falas sumiram. As marcações de palco foram esquecidas. Agora tudo vem deles, nada mais poderá interferir no final imprevisível que virá. Toda responsabilidade da peça ter valido o ingresso está em quatro mãos e dois corações.
... No clímax, a cortina se fecha aguardando o próximo Ato...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O choro de Ossanha


O que nunca se pediu
Nunca pôde ser negado
O que nunca se teve
Não pôde ter sido roubado

Os dias vêm como facas
Os minutos perdidos em pensamentos
Arrancam-te cada pedaço de pele
Traduzindo em dor o que nunca pôde se sentir por direito

O orvalho do inicio da madrugada, cai
Cai corrente em um canto tremulo
Desenha em seu caminho o que ninguém vê como arte
Mas arranca de ti uma nuvem negra

No céu, agora, se vê luz
E na manhã só se vê que por dentro
Só há nuvens em que todos vêem figuras
Mas o real significado de cada uma será guardado segredo em ti.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sentimentos ocultos
Escondidos atrás do orgulho
das atitudes
do sorriso
de um verso

Sentimentos ocultos
aprisonados na alma
intalados na garganta
ardendo no coração

Sentimentos ocultos
sentimentos ocultos
ocultos, ocultos,
em desalentos

Sentimentos ocultos
dos sonhos daquele
que sonha e acredita
que um dia poderá
libertá-los