quinta-feira, 21 de abril de 2011

Princesinha Parabólica



   Olhos fechados, vontade de sentar em baixo de um chuveiro e chorar até soluçar. Ter  todos os gritos e xingamentos abafados pelo travesseiro, juntamente a socos inúteis no colchão de uma cama qualquer. Nós na garganta segurando o que é seu por direito e pensamentos tão vagos quanto à resposta que insiste em dar pra tudo que está acontecendo. Uma angustia sem titulo vem lhe deixando sem saco, sem prazer, e o pior; Sem fé em que algum dia tudo possa ser diferente.
    Você usou todas as suas armas pra tentar disfarça pro mundo, que aquilo que anda te fodendo, não é maior que você. Seu sorriso de dois metros já não está sendo mais o bastante! O olhar que se levanta pra cima, pedindo ajuda, está cada vez com o foco mais vago. Os pensamentos dão lugar a sentimentos tão intensos, que a dor parece uma faca sendo empurrada contra seu corpo, pela angustia de ter sido frustrada. E o amor já é um anestésico que perdeu o efeito por  tanto ser usado.
    A gente se adapta a tudo, inclusive ao caos. Me vi feliz quando soube que você não se adaptou a porra nenhuma. Chore, grite e sinta o quanto puder! Só me mostre que quer voltar a sorrir e farei de tudo para que seus olhos, desta vez, tenham um sorriso de canto de boca.