segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A escolha de uma vida



     E lá estava ele em seu ponto de ônibus, quando chega Holly em silêncio. Chega cada vez mais perto, ele não percebera nada. Ela trazia no rosto um sorriso sarcástico, um olhar cínico e nos lábios a palavra foda-se.  Quando ele percebera sua presença, ela já estava no ritmo dos seus pensamentos. E com uma mão na nunca e a outra em baixo de seu coração o acariciava.
     Ao vê-la cada vez mais perto e cada vez mais dentro, não conseguiu segurar o êxtase. Subiu no banco de um vendedor e gritou como o brado de um general: “Vejo árvores verdes e o céu azul. Vejo flores vermelhas e nuvens brancas. Penso comigo, como o mundo é maravilhoso! Eu vejo pessoas sorrindo e se amando, vejo corações apaixonados e olhares do mais puro amor. Penso comigo, como o mundo é maravilhoso!
     Holly chorou!
     Ela sabia que já estava chegando a hora dela se tornar uma, e dele já não ser mais! Ele olhou em seus olhos e os beijou, disse: “Finais felizes não existem, isso é coisa de conto de fada, o que existe é você viver feliz cada momento. E agora completarei minha felicidade.” Ele deu um passo à frente e...  E já não existira mais, um ônibus o pegou no exato momento em que completara de ser feliz. Essa foi à única vez que alguém suicidara não para matar um dor, mas sim para fazer crescer a mais linda flor na vida de alguém. "Agora Holly, você está livre! Tome conta de tudo!" Dentro dela, ele está vivo. Mas nunca mais dirá nada, essa fora seu ultimo Brado.

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